Em 2019, o estado apresentou um aumento do número de casos de doenças ligadas ao Aedes aegypti, principalmente da dengue. Esse aumento se deve a uma especificidade da doença, porém, ainda assim, a capital sergipana não está com risco de epidemia. Contribui para isso as ações preventivas desenvolvidas pela Prefeitura de Aracaju, ao longo de todo o ano.

De modo a reforçar essas atividades preventivas já realizadas por toda a cidade, diariamente, a gestão municipal colocou em prática, em julho, o Plano de Intensificação das Ações de Combate ao Aedes aegypti, medida que objetiva prevenir e controlar processos epidêmicos e evitar a ocorrência de mortes e complicações derivadas de doenças transmitidas pelo mosquito.

Dados atualizados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) mostram que, somente de janeiro a junho deste ano, quando ainda não estava em execução o Plano de Intensificação, a Prefeitura já havia realizado 14 mutirões de combate ao Aedes; visitado 428.927 domicílios; coletado mais de 29 mil pneus, como parte das ações preventivas; feito a limpeza de 11.454 terrenos baldios; e realizado 37.744 trabalhos no comércio da cidade. 

De acordo com a diretora de Vigilância e Atenção à Saúde, Taíse Cavalcante, é preciso ter cautela quando se trata dos dados do mosquito e das doenças relacionadas a ele. “Falar de infestação do mosquito é totalmente diferente que falar de incidência das doenças relacionadas a ele. Aracaju foi classificada como médio risco para a infestação do mosquito, ou seja, para a presença do mosquito na cidade. Infestação é o que aponta os Levantamentos Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) realizados nas cidades e computados pelo Ministério da Saúde. Quando falamos dos dados das doenças, tratamos de outro enfoque”, explicou.

Ainda segundo Taise Cavalcante, a situação epidemiológica de Aracaju foi classificada como baixa incidência. Esta classificação é baseada em estudos epidemiológicos determinados pela Organização Mundial da Saúde – OMS – onde a doença dengue é caracterizada pela incidência, ou seja, casos novos da doença em determinado espaço de tempo. “Assim, Aracaju, mesmo com os casos notificados, ainda apresenta os números esperados para o perfil da cidade”, destacou. 

Para classificar a situação epidemiológica de uma cidade, a OMS calcula quantos casos foram confirmados da doença, divide pela população e multiplica por 100 mil. De 0 a 100/100 mil é considerada baixa incidência; de 101 a 300 casos/100 mil, média incidência; e acima de 301 casos/100 mil, alta incidência.

Após o último levantamento epidemiológico, de 1º de janeiro a 20 de julho deste ano, foram registrados cerca de 500 casos confirmados de dengue em Aracaju. Desta forma, de acordo com o cálculo científico da OMS, a capital sergipana foi classificada como baixa incidência (77,04) para epidemia de dengue, com base nos 648.939 habitantes da Capital em 2019.

Mesmo não tendo risco de epidemia na cidade, a Prefeitura de Aracaju tem intensificado as ações preventivas que já vinham sendo realizadas. Este ano, enquanto outras partes do Brasil já estava vivendo uma epidemia, a capital sergipana não estava tendo transmissão da doença. Então, o trabalho feito anualmente em Aracaju permitiu que a transmissão da doença não ocorresse no período quando ela é mais rápida, ou seja, nos primeiros quatro meses do ano. 

“Quando está mais quente, no verão, em sete dias já temos um mosquito adulto, no frio, 15, 20 e até 30 dias temos o mosquito adulto. Então, temos agido intensivamente nos momentos ideais, quando temos mais tempo de evitar que o mosquito se prolifere. O que temos, hoje, é um índice de infestação (presença do mosquito) de 2,6, considerado de médio risco. Esse mosquito pode ter o vírus ou não, pode transmitir a doença ou não. Por isso,

Fonte/PMA

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