Uma nuvem de areia do deserto do Saara está cada vez mais próxima da costa brasileira, segundo indicadores meteorológicos. Tudo começou no domingo, 6 de março, quando dois satélites SNPP e NOAA-20 da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (NOAA) detectaram partículas que atravessam a atmosfera do Oceano Atlântico perto da costa do nordeste do Brasil.

E esse transporte de poeira através das massas de ar pode avançar nos próximos dias e chegar a áreas continentais do Caribe e américa do Sul. É o que explica o Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus (ESA) da Agência Espacial Europeia. Neste caso, estados das regiões Norte e Nordeste podem ser atingidos pela nuvem de areia.

Observe o mapa a seguir que mostra a aproximação das partículas à costa brasileira, representada pelas cores amarelo e marrom:

Benefícios para a Amazônia

Não é incomum ter a incidência de nuvens de areia do Saara que se movem sobre o Atlântico, especialmente quando está perto do fim da primavera e início do outono no Hemisfério Norte.

Dependendo do tamanho das nuvens e da força dos ventos, eles podem viajar milhares de quilômetros, até mesmo chegando às Américas, como é o caso agora. Esse fato pode ser extremamente benéfico para a Floresta Amazônica.

O que acontece é que os componentes presentes nas partículas de poeira ajudam a abastecer espécies da flora local, além de contribuir para a saúde e o bem-estar da fauna. Eles são originários da depressão bodelé, um antigo leito de lago, situado no Chade, um país situado na parte central do continente africano.

A poeira pode transportar minerais rochosos compostos por microrganismos mortos, bem como nutrientes como fósforo e outros caráter proteico, que contribuem para o crescimento de plantas encontradas no bioma Amazônico.

A seguir, um vídeo 3D que mostra em detalhes o transporte da nuvem de poeira:

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