O prefeito de São Paulo deve sancionar lei que proíbe canudinhos plásticos, a medida não resolve o problema ambiental, mas lustra a imagem dos políticos

Políticos adoram jogar para a torcida. Lembram aqueles jogadores que dão carrinhos em bola perdida e ganham aplausos pela disposição do estádio cheio. Daí é fácil. A história de proibir canudos em estabelecimentos comerciais em São Paulo lembra essa jogada de efeito, meio inócua, meio inútil, mas que na primeira hora faz a alegria da galera. Antes que venham as pedras, é bom lembrar: proibir qualquer artefato de plástico num planeta soterrado por poluição de toda espécie não é um medida de toda ruim. A questão é, canudinhos plásticos não fazem verão. Falta, como sempre, uma ação firme contra todo tipo de agressão ao planeta, antes que definitivamente sejamos expurgados daqui.    

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou o tal projeto de lei do vereador Reginaldo Tripoli (PV) que proíbe os canudos de plástico na cidade. O prefeito Bruno Covas (PSDB-SP) deve sancionar o projeto em breve e transformá-lo em lei. O texto estipula uma multa de até R$ 8 mil e atinge diretamente hotéis, restaurantes, casas de espetáculos, clubes noturnos e áreas de shows que ficarão na mira de fiscais sempre muito zelosos.

Antes de criar mais um mecanismo de pressão contra comerciantes que lutam para pagar seus impostos, porque não fazer, de uma vez por todas, uma campanha incisiva e ampla de educação para as crianças aprenderem que o meio ambiente deve ser preservado a qualquer custo sob o risco do nosso futuro ser um filme de Mad Max.

O resto é firula de ambientalista e político querendo posar de moderno. Os canudos de plástico não morrem jamais, mas não é por causa deles que vamos salvar a Terra. Não atirar aquele papel na rua ou apagar seu cigarro na calçada pode ajudar muito mais.

Fonte: R7.com

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